Um detento da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, de 22 anos de idade, morreu nessa segunda-feira (27), vítima de tuberculose, no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
A Assessoria de Comunicação do Governo Estadual confirmou que o preso também apresentava sintomas de uma doença de pele que já atingiu pelo menos 24 detentos da unidade prisional, que é a maior do estado.
Em nota, o Governo de Roraima informou que Cristofé Wendrew Pinheiro da Silva estava em tratamento desde o dia 16 deste mês, com diagnóstico inicial de complicações pulmonares.
Nesta terça-feira (28), a Secretaria de Saúde de Roraima informou que 13 detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo seguem internados em tratamento médico no Pronto Atendimento Airton Rocha, unidade anexa ao Hospital Geral, para tratar os problemas de pele.
Os presos estão em uma área isolada dos demais pacientes. De acordo com a Secretaria de Saúde, os casos são de Piodermite, uma infecção de pele oportunista que ocorre quando já existe uma lesão de pele, conhecida como sarna.
Segundo o Governo de Roraima, a equipe médica do Pronto Atendimento identificou que parte dos problemas dermatológicos dos detentos estavam relacionados a falta de vitaminas. Por esse motivo, foi determinado o reforço vitamínico aos pacientes.
Por causa de um possível surto da doença e superlotação, o Ministério Público de Roraima protocolou, na Justiça, pedido de interdição parcial da unidade prisional.
Desde de novembro de 2018, Forças Federais atuam na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. A unidade é a maior do estado e já foi cenário de execuções como a de janeiro de 2017, quando um massacre resultou na morte de 33 detentos.
Nesta terça-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais 60 dias a permanência da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no Estado de Roraima. Com a medida, agentes federais ficarão em Monte Cristo pelo menos até 28 de março.
