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Pesquisa mapeia como violência afeta saúde mental em comunidades

Medo, sensação de insegurança, problemas que podem levar ao adoecimento físico e mental, provocando depressão, ansiedade e até pensamentos suicidas. Ameaças cotidianas que impactam na saúde de quem vive em constante estado de alerta, por conta da violência armada. Os desafios dessa crise são tema da “Primeira Semana de Saúde Mental na Maré”, que acontece até domingo no complexo de favelas, na zona norte carioca.
Durante o evento, serão apresentados dados da pesquisa “Construindo Pontes”, liderada pela organização inglesa People’s Palace Projects e a ONG Redes da Maré. Entre 2018 e 2020, foram ouvidos 1.411 moradores acima de 18 anos, nas 16 comunidades que formam o Complexo da Maré.
A diretora da ONG, Eliana Silva, diz que é difícil ter saúde quando direitos fundamentais são desrespeitados. 31% dos entrevistados disseram ter a saúde mental afetada. A maioria da população, 63%, sente medo da violência armada. A moradora Irone Santiago diz que o medo é parte de uma rotina angustiante.
Vanda Canuto, também moradora da Maré, ressalta que, por vezes, a saúde mental é deixada em segundo plano, o que pode colocar em risco a vida de uma pessoa.
Mais de 75% dos moradores ouvidos apontaram a violência como ponto negativo de se morar no Complexo da Maré. Entre as pessoas que já estiveram em meio a tiroteios, 12% relatam pensamentos sobre suicídio. Elas também apresentaram sintomas físicos como dificuldade para dormir, perda de apetite, mal-estar e calafrios.
O estudo concluiu que essas questões desafiam a ideia de que moradores de favelas se acostumam com a violência.

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