Mães que testaram positivo para covid-19 devem continuar a amamentar
Mulheres que testaram positivo para a Covid-19 devem manter o aleitamento materno. A orientação é do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, que garante não existir evidência de que o novo coronavírus possa ser transmitido pelo leite humano.
A recomendação faz parte das ações do Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. De acordo com a Organização Mundial da Saúde e o Unicef, por ano, cerca de 6 milhões de vidas são salvas por causa do aumento da taxa de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
O presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciano Borges Santiago, ressalta que a transmissão da covid-19 se dá pelas vias respiratórias. O médico diz que as mães devem tomar cuidados durante a amamentação, como lavar as mãos antes e depois de tocar o bebê e usar máscara.
Sobre a doação de leite materno por mulheres com sintomas ou diagnóstico de covid-19, bem como por aquelas que tenham tido contato com uma pessoa contaminada, a coordenadora do Banco de Leite do Distrito Federal, Míriam Santos, orienta a suspensão da doação por 14 dias.
Míriam Santos explica que o leite humano quando vai para o banco de doação passa por um rigoroso processo que inclui a pasteurização, quando 100% dos germes que podem causar doenças são eliminados. Mesmo com estudos que comprovem que essa conduta torna inativo o vírus SARS CoV-2, a suspensão deve ser seguida pelas doadoras durante a fase aguda da doença.
O Unicef reforça que é recomendável que a vacina contra o coronavírus seja tomada por mulheres saudáveis que estão amamentando e que a oferta do lei materno continue após a vacinação.
Aqui no Brasil, grávidas e puérperas, que são as mulheres que tiveram filho há pouco tempo, são imunizadas exclusivamente com as vacinas Pfizer e a Coronavac, segundo recomendação do Ministério da Saúde. O leite materno possui anticorpos que protegem os bebês de infecções, além de diminuir o risco de morte.
*Com produção de Michelle Moreira
