DF: Hemocentro alerta que doador deve respeitar intervalo da vacina
A Fundação Hemocentro de Brasília registra alta nos casos de impedimento à doação de sangue por causa do não cumprimento do intervalo entre a vacinação contra covid-19 e o ato solidário. Só em julho, foram 35 pessoas. E, em todo o primeiro semestre, 68 candidatos não puderam doar sangue porque haviam se vacinado dias antes.
Segundo orientação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, das vacinas disponíveis no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, a Coronavac impede a doação de sangue por dois dias após cada dose. As vacinas Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNtech e Janssen impedem a doação por sete dias.
O Hemocentro de Brasília ressalta que, como as vacinas podem ocasionar reações adversas, o intervalo deve ser seguido para resguardar a segurança da doação e evitar que a bolsa de sangue não seja utilizada.
O infectologista Renato Kfouri explica que essas reações da vacina contra a covid-19, no geral, são leves, como dor no local, febre e dor no corpo, e duram de um a dois dias. Kfouri destaca que a condição indispensável à doação de sangue é o bom quadro de saúde do doador.
O especialista ressalta que o material coletado é testado para diversas doenças transmissíveis por sangue, como hepatites B e C, sífilis e HIV. Mas, por não haver o risco de transmissão do novo coronavírus por transfusão sanguínea, o doador não é testado para a covid-19.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e estar saudável. Aqui em Brasília, o agendamento é feito no site agenda.df.gov.br ou pelo telefone 160, opção 2.